Nos dias atuais não há dúvidas sobre a importância da prática regular de exercícios físicos, tanto no contexto da saúde como no estético. Nesse universo, o padrão nutricional também tem papel considerável nestas variáveis: saúde e estética.
O que pouco se discute é a interação entre estes dois fatores: dieta e exercício. Sabe-se que o exercício tem papel fundamental no controle do balanço calórico das 24 horas e que dietas restritivas geralmente apresentam repercussões favoráveis no controle ponderal quando associadas a programas de exercícios físicos. Porém, não é prudente iniciar a prática de exercícios físicos em jejum ou seguindo dietas restritivas que não levam em consideração o fator exercício físico.
Se, por um lado, temos uma população cada vez mais acometida por doenças decorrentes de um padrão de vida inadequado associado a um padrão nutricional de baixa qualidade e hábitos sedentários, por outro, temos indivíduos fisicamente ativos, que acabam se baseando nessas orientações restritivas para fazer suas escolhas dietéticas, o que pode acarretar efeitos deletérios à saúde. Ou seja, o padrão nutricional adequado para portadores de algumas patologias não é o mesmo para indivíduos fisicamente ativos.
O atleta necessita de um estoque de glicogênio, forma como o organismo armazena glicose no músculo ou fígado. Para gerar energia em competições caracterizadas por alta intensidade ou grandes durações. Na maioria dos casos, a depleção (perda de elementos fundamentais do organismo, sobretudo sódio e potássio) dos estoques de glicogênio do atleta culmina com a diminuição do desempenho.
Sabemos que após a depleção dos estoques de glicogênio, a perpetuação do exercício físico se ta tendo como substrato energético os aminoácidos, muitas vezes provenientes da musculatura esquelética.
Sabemos que após a depleção dos estoques de glicogênio, a perpetuação do exercício físico se ta tendo como substrato energético os aminoácidos, muitas vezes provenientes da musculatura esquelética.
Para o individuo fisicamente ativo, sugestões de ingestão de frutas ou barras de cereais são ideais. Para o atleta é prudente a ingestão de carboidratos complexos nas grandes refeições (arroz, batata, massas em geral), principalmente no almoço, para otimizar a reposição dos estoques de glicogênio, constantemente depletados nos treinos.
Se os exercícios têm duração superior a 90 minutos, sugere-se a reposição hídrica (água, água de coco, isotônicos) a cada 15 minutos, a partir dos primeiros 45-60 minutos, com volume aproximado de 150ml.
Nesses exercícios, a ingestão de carboidratos de média complexidade (maltodextrina) é uma boa estratégia para não depletar o estoque de glicogênio. Já no período pós-treino, a ingestão de carboidratos de rápida absorção(simples: glicose, frutose e galactose) otimiza a reposição do estoque de glicogênio, muitas vezes, depletado.
A alimentação pré-treino e pós-treino apresenta repercussões consideráveis na perpetuação da musculatura esquelética, que é o tecido metabolicamente ativo, trazendo realmente mais benefícios à saúde.
Créditos: Dr. Franz Homero Paganini Burini (médico especialista em Medicina Esportiva na Clínica Gênesis).
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