As palavras são como as pedras preciosas: nas mãos
das crianças, são simplesmente pedras vistosas, ou apenas pedras; nas mãos dos
mais velhos, têm elas um valor, são apreciadas, e até se anela possuí-las pelo
que brilham e pelo que valem; nas mãos dos especialistas, adquirem valor ainda
maior: eles as examinam e sabem de imediato quantos quilates têm e seu grau de
pureza.
Como as pedras preciosas, as palavras possuem
também seus quilates e seu grau de pureza. Na palavra lealdade, os quilates
podem ser calculados proporcionalmente à confiança que consegue inspirar quando
encarna no homem que faz dela um culto; sua pureza se mostra na bondade das
intenções daquele em cuja vida ela se manifesta sem ser desvirtuada.
Tudo quanto se pode apreciar no homem em seu grau
mais legítimo está encerrado nesta palavra. Pode-se dizer que ela é, em
síntese, a expressão de todo o verdadeiro e sadio que existe na natureza moral
e psicológica.
Sem lealdade não é possível conceber a amizade
entre as pessoas, nem tampouco tornar viável uma convivência de caráter
permanente e sincero.
Os sentimentos humanos existem como manifestação do
sensível e puro que se aninha no íntimo de cada um. Ser leal aos próprios
sentimentos é ser fiel à própria consciência. Quando se desvirtua o caráter
daqueles, esta se desnaturaliza. Diríamos mais: se é certo que pode morrer algo
daquilo que forma o conjunto das condições humanas, a lealdade deveria ser a
última a desaparecer como qualidade que pertence ao ser.
A lealdade se caracteriza pela consciência do
dever. É profissão de fé consciente que o ser faz ao sentimento que, nascido de
uma amizade ou de um afeto sincero e puro, converte-se em parte de si mesmo. E,
sendo assim, não poderia esse sentimento ser menosprezado sem ferir
profundamente a própria vida.
As grandes almas sempre compreenderam isso; por tal
motivo, foram leais a seus princípios, a suas convicções e a seus profundos
afetos.
Onde a lealdade existe, reina a harmonia, a união e
a ordem; o contrário de tudo isso sucede ali onde ela deixa de se manifestar.
Autor: Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Trechos extraídos de artigo da Coletânea da Revista Logosofia Tomo 2 p.189
Linda reflexão amiga, um grande beijo
ResponderExcluirOi, San bom dia, adorei esse tema que vc abordou sobre a Lealdade, e de uma profundidade que chega ao fundo da alma, pois essa qualidade já nasce com a pessoa, e isso se chama carater, coisa que não se adquire, quem tem, tem.carater e sinonimo de honestidade, e de pureza de alma, e como um diamante, que nada o destroi, nem o tempo elê é eterno, e indestrutivel, para mim isso se chama lealdade, porque nada o corrompe!!! Adorei minha querida amiga, essa materia retrata bem a pessoa que você é honesta, sincera, e incorruptivel!!!te Amo Bjos Eva da Silva Couto
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