segunda-feira, 30 de julho de 2018

Amar a si mesmo

Se é verdade que o amor-próprio á a base do nosso amor aos outros e se é verdade que ele não é inato, mas sim adquirido, então devemos encarar a premente questão: como podemos aprender a nos aceitar, a amar a nós mesmos?

Essencialmente, há somente uma resposta para esta pergunta: devemos aprender a nos deixar ser amados. E esta afirmação não é suficiente que o amor nos seja oferecido, é necessário que devemos aprender a recebê-lo.

Michelangelo escreveu à mulher que ele amou: “quando sou teu, então, afinal, sou completamente eu mesmo”.

O amor-próprio, usado em seu sentido positivo de auto-aceitação, é exatamente o oposto do narcisismo ou auto-erotismo. 

A palavra egocêntrico é perfeitamente adequada para descrever-nos quando nossos interesses giram em torno de nós mesmos.

Ninguém nasce com a capacidade de amar a si mesmo, é um fato já admitido. 

O filósofo católico Romano Guardini, em seu ensaio “ A aceitação de si mesmo”, diz que o ato de aceitação própria é a raiz de todas as coisas. Concordar em ter as qualificações que tenho. 

Concordar em viver dentro das limitações que me foram estabelecidas. A clareza e a coragem desta aceitação são a base de toda a existência.

Amando a mim mesmo 

Quando eu te amo mais do que a mim mesmo, na realidade estou te amando menos.

Amando a mim mesmo menos que a ti, eu torno mais difícil o teu amor por mim.

O teu amor por mim depende grandemente, do amor que tenho por mim mesmo.

E o meu amor por ti será mais forte, se amares a ti mesmo do modo que amas a mim. (Ulrich Schaffer – Livro de Walter Trobisch)

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