Contam que havia um monge que morava solitário do outro lado
do rio. Todas as manhãs, uma camponesa atravessava o rio e ia levar-lhe leite
para o café matinal.
Certo dia, o monge, que aguardava impaciente, reclamou:
Certo dia, o monge, que aguardava impaciente, reclamou:
Por que demora tanto para chegar com o leite? Faz-me perder
tempo à espera. Assim não pode ser.
Não é por querer, explicou-lhe. Os barcos atrasam-se e eu só
posso chegar a essa hora.
Barcos?! Exclamou o monge. Sim, os barcos que fazem a
travessia do rio.
Mas, para que precisa
do barco? Chegue à beira da água, faça uma oração com fé e atravesse o rio andando
sobre a água.
É mesmo?! Admirou-se a jovem. Claro! Bradou o monge. Desde
então, a camponesa nunca mais se atrasou na entrega do leite. O monge estava
admirado com a sua pontualidade e perguntou-lhe como conseguia. Segui o seu conselho. O senhor disse-me para orar com fé à beira do
rio e andar sobre a água. É o que eu faço. O monge ficou boquiaberto.
Prometeu
fazer o mesmo, com ela, no dia seguinte. E no outro dia, lá estavam os dois à
beira do rio. A camponesa fez o sinal da cruz, orou de mãos juntas, e começou a
andar leve e ágil por sobre a água. O monge tratou de fazer o mesmo. Orou,
arregaçou o hábito e colocou os pés na água. Logo começou a afundar e gritou
por socorro.
A jovem foi socorrê-lo e disse-lhe:
A jovem foi socorrê-lo e disse-lhe:
Eu sabia que o senhor ia afundar. Como? Espantou-se o monge. Quando vi que arregaçou o hábito, notei que
não tinha fé, pois estava com medo de se molhar.
Por esta história, você percebe que a descrença esvazia o
poder. Essa é a maior causa do fracasso do poder. O poder existe, é ilimitado,
mas se você apaga a sua chama, ele permanece desativado.
Bem afirmava o Mestre:
“Crer firmemente na realização da sua palavra”.
Que lindo,,,bjo boa noite, bom feriadi!
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