quinta-feira, 28 de junho de 2018

O eu que sou e o eu que você vê

A disparidade entre a maneira como somos vistos e a maneira como nos sentimos por dentro é muito mais comum do que se pensa. 

Muitos indivíduos que obtiveram conquistas fantásticas se sentem, ainda assim, vazios, inseguros ou “irreais” por dentro. 

Se o lado que mostra aos outros é muito diferente do lado que só você vê, como confiar na admiração e no amor das pessoas? Você quer ser amado por ser você mesmo, mas quem é essa pessoa? 

É possível conhecê-la? É possível confiar nela? Amá-la? Essa distinção, em geral, tem início na infância. 

Aprendemos, instintivamente, que a vida será mais fácil se nos comportarmos como o mundo espera, e não como queremos. 

Isso acontece sobretudo quando nossos sentimentos são de dor ou indignação. A pressão para escondermos nosso verdadeiro eu pode ser forte demais. 

Mesmo quando decidimos mudar de comportamento, não é fácil abandonar essas máscaras que tanto nos ajudaram. 

As compensações – ser amado, não despertar inveja nem provocar disputas por poder – são importantes. 

No entanto, quando somos nós mesmos, damos aos outros permissão inconsciente para serem eles mesmos também. 

A comunicação pode, então, progredir para um nível mais profundo e gratificante. 

Em qualquer estágio da vida, precisamos de muita energia para não expressar quem somos realmente, para negar nossa autenticidade e para extrair nossa noção de realidade de um mundo exterior no qual às vezes somos falsos. 

Se você identificar alguma disparidade entre como se sente e como acredita ser visto, talvez ajude saber que a pessoa que precisa ser mais amada e mais incondicionalmente aceita por você é você mesmo. 

Ao permitir-se confiar em si mesmo por inteiro e se valorizar, reconhecendo ser sua própria “figura de autoridade” interior, bem como expressando essa autoridade no mundo exterior, uma mudança crucial irá acontecer. 

Seu ponto interior de referência voltará ao devido lugar: você mesmo.

Créditos: Livro - Escolha ser feliz / Stephanie Dowrick – Editora Sextante

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