A
disparidade entre a maneira como somos vistos e a maneira como nos sentimos por
dentro é muito mais comum do que se pensa.
Muitos indivíduos que obtiveram
conquistas fantásticas se sentem, ainda assim, vazios, inseguros ou “irreais”
por dentro.
Se o lado que mostra aos outros é muito diferente do lado que só
você vê, como confiar na admiração e no amor das pessoas? Você quer ser amado
por ser você mesmo, mas quem é essa pessoa?
É possível conhecê-la? É possível
confiar nela? Amá-la? Essa distinção, em geral, tem início na infância.
Aprendemos,
instintivamente, que a vida será mais fácil se nos comportarmos como o mundo
espera, e não como queremos.
Isso acontece sobretudo quando nossos sentimentos
são de dor ou indignação. A pressão para escondermos nosso verdadeiro eu pode
ser forte demais.
Mesmo quando decidimos mudar de comportamento, não é fácil
abandonar essas máscaras que tanto nos ajudaram.
As compensações – ser amado,
não despertar inveja nem provocar disputas por poder – são importantes.
No
entanto, quando somos nós mesmos, damos aos outros permissão inconsciente para
serem eles mesmos também.
A comunicação pode, então, progredir para um nível
mais profundo e gratificante.
Em qualquer estágio da vida, precisamos de muita
energia para não expressar quem somos realmente, para negar nossa autenticidade
e para extrair nossa noção de realidade de um mundo exterior no qual às vezes
somos falsos.
Se você identificar alguma disparidade entre como se sente e
como acredita ser visto, talvez ajude saber que a pessoa que precisa ser mais
amada e mais incondicionalmente aceita por você é você mesmo.
Ao permitir-se
confiar em si mesmo por inteiro e se valorizar, reconhecendo ser sua própria
“figura de autoridade” interior, bem como expressando essa autoridade no mundo
exterior, uma mudança crucial irá acontecer.
Seu ponto interior de referência
voltará ao devido lugar: você mesmo.
Créditos: Livro - Escolha ser feliz / Stephanie Dowrick –
Editora Sextante
Nenhum comentário:
Postar um comentário