sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

O que os olhos não veem o coração não sente

O sentimento não é um canal de comunicação em si, ele passa por um filtro psicológico muito mais emblemático que mistura pensamentos e sensações. Ele é por natureza irracional, mas passa por filtros racionais.
A visão de mundo que nutrimos e assumimos como real determina a forma como vamos sentir a realidade.
Se você acha que a vida é uma batalha, está numa selva e é mimado o mais provável é que o sentimento de raiva predomine em sua vida.
Se acha que as regras são padrões fixos e imutáveis, a justiça e a retidão são ordens implacáveis será sempre mobilizado pela culpa e o medo.
Se vê cada oportunidade como uma chance de se dar bem, obter vantagem e controle a ansiedade será seu prato predileto. Portanto, não existem emoções descoladas das ideias que fazemos sobre as coisas.
Sentimentos são nuvens que se formam dependendo do tipo de informações que nutrimos sobre os fatos. Os próprios fatos ganham um colorido dependendo da visão emocional que temos do mundo. 

Se você estiver num dia em que uma série de expectativas não foram cumpridas é bem natural que o sentimento seja de desapontamento. Essa frustrações irão contaminar as futuras percepções da realidade que reforçarão alguma crença do tipo “nada dá certo para mim”.
Sentimentos se consolidam ou não como as nuvens de acordo com o reforço e a importância que dermos a eles. Uma visão de mundo paranóica pode alimentar uma desconfiança. 

Se você nutre esse sentimento estará solidificando algo que não é real e se desgastando por isso. Rebater certas ideias com outras que ampliem o horizonte seria como dissipar nuvens densas e escuras no céu.
Acreditar que um sentimento é irreversível é um pequeno delírio nosso. Raiva, tristeza, paixão não são sólidos em si, mas ganham concretude na medida que acreditamos nisso. Tomar decisões baseadas em sentimentos é um dos enganos que cometemos com muita frequência. Adotamos uma visão restrita de algo, alimentamos aquele sentimento e agimos com base nele.
Sem perceber somos conduzidos pelo medo, a raiva, o tédio como se fossem entidades autônomas e imutáveis. Habitamos paisagens que nós próprios alimentamos, nos divertimos e sofremos em castelos de areias que não existem.
Se seus olhos estão contaminados de conceitos esdrúxulos, preconceituosos e limitados não seria de estranhar que seu coração esteja intoxicado!

Créditos: Sobre aVida

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