segunda-feira, 11 de julho de 2016

Quem quer pão?

Delícia que atravessou o tempo. O sucesso deste alimento que sai do forno para transitar em uma vasta gama de pratos e atravessou décadas e séculos. A sua trajetória proeminente se iniciou quando o homem passou a cultivar o trigo. Alguns registros da literatura apontam que a primeira leva foi produzida em 10.000 a.C., nas aldeias Palafitas, região atualmente ocupada pela Suíça. 

Muitos historiadores o projetam como o ícone da gastronomia humana. A orientação da OMS se fundamenta nas propriedades nutricionais encontradas nesse alimento, que possui como ingrediente principal a farinha de trigo. O mito de que consiste em um dos vilões do ganho de peso vem caindo por terra. Até porque o algoz da balança é a falta de moderação. O pão, ao contrário, na medida certa, dá suporte para se obter bons níveis de saudabilidade. 

Ele integra os sete grupos alimentares básicos necessários para a manutenção da saúde e crescimento do ser humano. O produto fornece ao organismo vitaminas do tipo B (tiamina-B1, riboflavina-B2 e ácido nicotínico-B5), cálcio, magnésio e fósforo. Complexos vitamínicos encontrados em um produto extremamente simples e que contribuem para garantir energia, saciedade prolongada e regularizar os níveis de açúcar no sangue (glicemia). 

Pitada de criatividade: com boas doses de criatividade, o resultado final surpreende. O pão, por exemplo, pode auxiliar no tratamento de constipação intestinal (prisão de ventre). Como? Se for rico em fibras, com linhaça ou aveia. Agregar à massa cenoura, espinafre e tantas outras leguminosas, bem como criar recheios interessantes para transformar o pãozinho num aliado e tanto para o desjejum.

Conheça os principais tipos de pães presentes na mesa dos brasileiros.

Francês: conhecido como pão de sal, foi criado no inicio do século XX. Na época, os turistas brasileiros que experimentavam um pão muito famoso na França, pediam a seus cozinheiros que repetissem a receita. Após tentativas e erros, acabou-se criando o pão francês abrasileirado. Possui diversas variações, como a baguete, e deve ser consumido com moderação, pois pode fazer o ponteiro da balança subir.


Preto: originário da Alemanha, é produzido com farinha de trigo integral e de centeio. Possui cor escura, sabor mais forte e uma casca grossa e dura. Também chamado de pão alemão.






Integral: produzido a partir da farinha de trigo integral, que mantém o gérmen e o farelo do grão, possui alto teor de fibras que melhora o funcionamento do intestino e permite uma absorção de nutrientes mais lenta, o que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue.



De leite: de sabor suave e adocicado, é feito com farinha de trigo, leite, ovos, manteiga, açúcar e sal. Por isso é um pouco mais calórico que outros pães, como francês e o italiano.






De forma: a massa leve é sempre colocada em uma forma antes de ir ao forno. Por levar açúcar em sua receita, concentra um gosto mais adocicado que o francês. É frequentemente consumido em sanduíches ou na forma de torradas. No mercado, é encontrado em diversas variações, como light ou o integral.



Imagem: Comunidade Graça e Vida

Ázimo: diferente dos outros pães, é feito sem fermento, apenas com farinha e água. A preparação da massa não deve ultrapassar 18 minutos para garantir que não fermente. Segundo a tradição judaico-cristã, esse pão foi feito pelos hebreus antes da fuga do antigo Egito, quando não tiveram tempo de esperar a massa fermentar.




De centeio: produzido com a farinha de centeio, possui uma massa bastante densa. Tem a cor mais escura e o sabor mais forte que o pão francês. Por causa do seu alto teor de fibras, ajuda a diminuir a absorção de gorduras, controlando o colesterol.


Imagem: Kebap Falfel schapo

Sírio: assado rapidamente em temperaturas altíssimas, pode levar açúcar, sal, azeite de oliva e gergelim em sua preparação. Muito popular no Oriente Médio, foi trazido ao Brasil no início do século XX por imigrantes sírio-libaneses. 





De milho: feito com a mistura da farinhas de trigo e milho (fubá), pode ser incrementado com sementes de erva-doce. Pão típico brasileiro, também é conhecido em outras regiões como broa ou pão de fubá.





Italiano: normalmente é feito artesanalmente, com fermento caseiro e cozido em forno de tijolo ou barro. Tem o aspecto rústico e não segue um padrão de produção. No Brasil, porém, é considerado pão italiano aqueles de crosta grossa e dourada, com massa aerada e sabor ácido.

Créditos: Revista Sua Saúde – Sesc – RS – Mesa Brasil

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