Por Fernando
Brandão
Li,
recentemente, um artigo do médico Dr. Arnaldo Lichtenstein, Clínico-Geral do
Hospital das Clínicas e Professor do Departamento de Clínica Médica da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – (USP), em que ele comenta
sobre a causa principal da confusão mental do idoso.
O artigo em questão
causou-me profunda impressão, pois já atingi aquela idade, em que, antigamente,
o portador era chamado de idoso, velho, decrépito e outras tantas denominações,
que à luz dos dias de hoje, foram mudadas para semi-novo.
E é a classificação
mais correta, pois, diante do mundo moderno em que vivemos, em que todos nós
procuramos ter uma vida saudável, em que se destacam os exercícios físicos,
alimentação adequada e utilização da mente, com escritos e leituras, sem falar
em computador e Internet, todos nós, os semi-novos, vivemos e alardeamos vida
saudável, que é o caso da minha.
Mas, o texto do Dr. Arnaldo Lichtenstein
destacou mais um bom hábito, para se colecionar muitos e muitos anos de vida.
Afirma aquele médico que, em suas aulas de clínica médica, lança a seguinte
pergunta para seus alunos do 4° ano de Medicina:
Quais são as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?
E ele, professor nos relata as respostas habituais de seus alunos: “Tumor na
cabeça”. “Não”, diz ele. Outros apostam: “Mal de Alzheimer”. E o Dr. Arnaldo
Lichtenstein, novamente diz: “Não”. A cada negativa, a turma se espanta e fica
ainda mais boquiaberta, quando ele, professor, enumera as três causas
responsáveis mais comuns:
Diabetes descontrolado;
Infecção urinária;
Infecção urinária;
A família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em
casa.
Enfatiza o Dr. Arnaldo: “Parece brincadeira, mas não é. Constantemente, a pessoa idosa, sem sentir sede, deixa de tomar líquidos! Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez.
Enfatiza o Dr. Arnaldo: “Parece brincadeira, mas não é. Constantemente, a pessoa idosa, sem sentir sede, deixa de tomar líquidos! Quando falta gente em casa para lembrá-los, desidratam-se com rapidez.
A desidratação tende a ser
grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda da
pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos (“batedeira”), angina (dor
no peito), coma e até a morte”. E prossegue o Dr. Arnaldo com sua explanação:
“A partir dos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água no corpo.
Isso faz parte
do processo natural de envelhecimento. Portanto, os idosos têm menor reserva
hídrica. Mas, há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade
de tomar água, pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam
muito bem.
Idosos desidratam-se facilmente, não somente porque possuem reserva
hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo.
Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações
químicas e funções de todo o seu organismo”.
O experiente clínico e professor faz dois alertas:
1 – O primeiro alerta é para os vovôs e vovós. Tornem voluntário o hábito de
beber líquidos. Por líquido, entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite,
sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e
tangerina. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro.
Lembrem-se disso!
2 – Para os familiares. Ofereçam, constantemente, líquidos aos idosos. Ao mesmo
tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, se de um
dia para o outro, ficarem confusos, irritadiços, fora do ar, atenção: é quase
certo que estes sejam sintomas decorrentes da desidratação. “Líquido neles e,
rápido, para um serviço médico”.
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