segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Observar e conviver com os animais: o que pode ser aprendido, o que pode ser ensinado

“Crer que Deus pudesse ter feito qualquer coisa sem objetivo e criar seres inteligentes sem futuro seria blasfemar contra a sua bondade que se estende sobre todas as suas criaturas” (1 Q. 607-a).

Quando observamos a natureza verificamos que ela tem algo a oferecer, a ensinar com sua beleza, harmonia e capacidade de adaptação. 

Os animais no seu instinto de conservação usam a sua força para se alimentar e se defender, nunca para humilhar o seu semelhante. Alguns jamais abandonam os companheiros quando estão feridos ou doentes, como os golfinhos. 

Se algum deles se machuca e corre o risco de morrer afogado, dois outros se aproximam, ficando um de cada lado para levantá-lo juntos. 

Ou quando envelhecem, como os elefantes. Mesmo quando uma elefanta idosa perde o posto de chefe de manada, para outra mais jovem, não perde o respeito e as atenções da família, que Ihe reconhece a experiência. 

Aprendemos também com os animais de estimação, que em tão grande número participam da rotina de muitas famílias. O primeiro aprendizado é a simplicidade, não precisam de muito para ser felizes, nos lembram de desfrutar dos momentos de cada dia. 

Algumas pessoas passam pela vida infelizes, porque não sabem a diferença entre o que elas precisam e o que elas desejam. Ensinam a lealdade, pois estão com os donos nos bons e maus momentos. 

Mágoas, melindres não fazem parte da vida deles, podemos observar que a repreensão não os deixam ressentidos. Demonstram afeto pelos humanos sem medo da rejeição, sem receio da critica ou de parecerem muito “melosos”. 

Cuidam dos filhos com zelo no período necessário e depois os deixam crescer e partir. Abandoná-los quando perdem a graça ou viram um peso, deixando-os na solidão, é ainda, atitude de alguns humanos para com os animais e para com o seu próximo. 

Por outro lado aos que cuidam, os animais retribuem com carinho e atenção, pois são tratados com amor, compreensão, paciência e tolerância. 

Os animais oferecem companhia e amor, sem as exigências dos seres humanos, além de aceitarem seus donos sem nenhum julgamento. Esses saudáveis e estreitos relacionamentos criam vínculos fortes e duradouros. Assim como os animais respondem ao tratamento que recebem, a vida igualmente devolve o que ofertamos.

O bem que fazemos nos faz enorme bem. “Todos os seres são iguais, pela sua origem, seus direitos naturais e divinos e seu objetivo final”. São Francisco de Assis

Jornal IEE - Sandra Dourado

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