segunda-feira, 13 de abril de 2015

Grãos e cereais

Amaranto: alimento da moda, o amaranto é a semente de uma flor originária dos Andes. É rico em proteínas e boa fonte de cálcio e ferro. 

Auxilia na saúde do coração reduzindo os níveis de colesterol e triglicérides, além de conter boa quantidade de aminoácidos essenciais, aqueles que o organismo não produz. É indicado a portadores de doença celíaca, pois não tem glúten.
Modo de consumo:  pode ser saboreado como uma “micropipoca”, utilizando frigideira Tefal pré-aquecida. Outra opção é cozinhá-lo por cinco a dez minutos e acrescentá-lo à salada. Na versão farinha, pode ser utilizado em massas e panquecas, entre outras preparações.

Amendoim: pouca gente sabe, mas o amendoim é uma leguminosa, fonte de carboidrato e proteína. Por ser gorduroso, amplia a sensação de saciedade. É preciso ficar atento apenas ao excesso de sal. A sugestão é comprar o amendoim na casca (vagem) e consumi-lo puro.
Modo de consumo: além de aperitivo saboroso, pode ser ingrediente de diversos pratos, como frango e arroz. Uma sugestão é utilizá-lo moído para empanar peixes e frangos, para deixá-los crocantes.

Aveia: faz jus à fama de cereal sinônimo de saúde. Possui grande quantidade de betaglucanas – fibras solúveis importantes para o funcionamento do intestino e a regulagem dos níveis de colesterol no sangue, o que previne complicações cardiovasculares.
Modo de consumo: sua forma mais comum, podem ser adicionados a frutas, vitaminas, iogurtes, massas de pães, bolos e mingaus. O farelo vai bem em saladas, sopas e caldos.

Cevada: cereal integral saboroso e rico em vitaminas do complexo B, cuja carência pode ocasionar problemas nas conexões nervosas, fadiga, dores reumáticas e paralisia, além de
problemas de visão. 

Possui minerais como o magnésio, que alivia os sintomas da tensão pré-menstrual e ajuda na contração muscular, importante na prática de atividades físicas. Pode ser boa fonte de vitaminas B1 e B6 para fumantes, que costumam apresentar carência desses nutrientes. Também é rica em cálcio e ferro.
Modo de consumo: basta cozinhar em água e adicionar a cevada para enriquecer saladas,
sopas e outros pratos. É a principal responsável por conferir sabor ao arroz “7 grãos”, ou “7 cereais”. O malte da cevada também é usado na produção da maioria das cervejas.

Gergelim: ajuda a regular o intestino pelo alto teor de fibras. Também é fonte de proteínas de boa qualidade nutricional com o perfil de aminoácidos essenciais ao organismo. Além de conter ferro, magnésio, cálcio, zinco, selênio e vitaminas E e vitaminas do complexo B.
Modo de consumo: comumente usado para temperar e enriquecer saladas, pães, massas,
legumes, arroz e tortas.

Linhaça: escura ou dourada, a semente do linho é uma das principais fontes de Ômega 3 e 6, importantes na prevenção de doenças cardiovasculares. Isso porque controlam os níveis de colesterol e triglicérides, dificultando a formação de coágulos nas artérias. 

Fornece bastante potássio e contém vitamina E, um antioxidante natural, entre outras vitaminas e minerais. Seu consumo reforça as defesas e melhora o funcionamento do organismo.
Modo de consumo: para que o organismo absorva melhor os nutrientes, o ideal é moer as sementes no liquidificador antes de consumir. A linhaça é muito utilizada no preparo de pães, bolos e biscoitos (duas colheres de sopa por quilo de massa) ou ainda misturada a cereais
matinais, sucos, vitaminas, saladas, molhos e iogurtes.

Semente de girassol:  possui boa quantidade de minerais, como cálcio, e
de ácido graxo Ômega 6.
Modo de consumo: pode ser degustada pura, como aperitivo, ou ser adicionada a saladas,
pães e outros pratos salgados.


Soja: o alimento é rico em antioxidantes que ajudam na prevenção do envelhecimento e no reforço das defesas do organismo. Contém isoflavonas, fitoestrógenos de estrutura semelhante à do hormônio sexual feminino. Por isso, é indicado para reposição hormonal durante a menopausa.
Modo de consumo: na alimentação, substitui o feijão, além de ser bom ingrediente para
saladas. Seus grãos ainda podem ser torrados e consumidos como petisco.


Milho: base da alimentação de muitos países da América, o milho é um cereal integral de excelente qualidade, bom para o funcionamento do intestino, e com nutrientes, como a vitamina A, fundamental para a saúde dos olhos.
Modo de consumo: extremamente versátil, pode ser consumido in natura ou mesmo
utilizado nas mais variadas preparações doces e salgadas, como bolos, panquecas e cremes.


Semente de abóbora: quem tem o hábito de consumir a semente não sofre com ausência
de zinco, mineral pouco presente no solo brasileiro e que ajuda na formação dos espermatozoides. Outra vantagem de incluir semente de abóbora na alimentação é o
combate às verminoses.
Modo de consumo: boa opção de tira-gosto de baixa caloria e rica em fibras quando
consumida com a casca. Para servir em casa, basta lavar as sementes e levá-las ao forno com um pouco de água e sal (sem exagero).

Quinua: cultivada há milhares de anos nos Andes, ficou mais conhecida fora daquela região
após a Nasa incluí-la na alimentação de seus astronautas. Isso não ocorreu por acaso, já que a quinua ou quinoa possui grande concentração de proteínas, zinco e ferro. 

Tem ação cicatrizante, analgésica e anti-inflamatória e ainda traz boa quantidade de fibras que prolongam a sensação de saciedade, o que contribui para o emagrecimento.
Modo de consumo: por ser rica em proteínas, é ótima substituta da carne, sendo bastante
recomendada aos vegetarianos. Os grãos podem ser incorporados a saladas, cuscuz,
bolinhos ou ser consumidos como uma espécie de arroz (após cozidos). Já a versão em flocos cai bem com sopas, mingaus e vitaminas. Por não conter glúten, é indicado aos celíacos.

Trigo: cereal rico em ferro, indicado na prevenção e no tratamento da anemia. É fonte de
fibras, que ajudam o intestino a funcionar, e de proteínas, importantes para músculos, pele e unhas.
Modo de consumo: além de matéria-prima para o preparo de pães e massas, costuma ser consumido como substituto do arroz ou para enriquecer as saladas. É ingrediente fundamental no preparo de pratos da culinária árabe, como quibe e tabule. Há no mercado, inclusive, a
versão “trigo para quibe”.

As informações sobre amaranto, amendoim, cevada, milho, sementes de abóbora e girassol são da nutricionista Andrea Esquivel, da consultoria Gastronomia Nutritiva. Os dados sobre aveia, soja e trigo têm como fonte Gabriela Cunha, nutricionista do departamento científico da Mãe Terra. Já os detalhes a respeito de gergelim, linhaça e quinua foram informados pela Jasmine Alimentos.

Créditos: Fernando Salles – Manual de grãos e cereais

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