Dúvida e fé coexistem, estão bem próximas, mas não podem
interagir. Quando dúvida e fé se equivalem e interagem, ambas se anulam e não
acontece nada. Já quando a dúvida é maior do que a fé, o resultado é justamente
o oposto do que a pessoa espera.
O fisiologista italiano Antonio Dal Monte explica:
“A pressão psicológica cria uma resistência em seus
músculos, que o impede de correr relaxado”.
Ou seja: o receio de não conseguir, o nervosismo, a
ansiedade, interagem suas ações físicas e refletem negativamente no seu
desempenho. Então ele perde. E assim é com todo o mundo. Muitas vezes você fica
torcendo para que aconteça uma coisa boa, deseja aquilo com muita intensidade e
ansiedade, mas no fundo do seu coração há um receio de que tudo dê errado. E o
que acontece? Justamente o que você não queria.
A dúvida, materializada em receio, nos faz pensar que é mais
fácil acontecer o mal do que o bem. E este receio gera a insegurança. A
insegurança gera a dúvida de novo e, sem percebermos, entramos no círculo
vicioso do fracasso. Como o cérebro humano aprende tarefas e funciona
automaticamente para um grande número de ações, fazemos disso o nosso modus
vivendi, e repetimos este círculo vicioso sem perceber. Tornamo-nos pessoas
cada vez mais fracas e pessimistas e predispostas ao fracasso.
O que faz cada um de nós naufragar na fé é a dúvida apoiada
no raciocínio lógico que insiste em acreditar apenas nas leis da natureza e
duvidar de tudo aquilo que não pode ser compreendido.
Jesus desafiou toda a
lógica ao andar cerca de cinco quilômetros sobre as águas revoltadas do Mar da
Galileia, como se fossem terra firma. Pedro também viveu esta experiência
única. Mas, quando começou a afundar, Jesus, ao socorrê-lo, disse-lhe: “Homem
de pouca fé, por que duvidaste?” (Matheus 14:31).
Pedro duvidou porque “sentindo o vento forte, teve medo”
(Matheus 14:30).
Naquele momento em que Pedro vivia o que nos parece
impossível, seu cérebro, automática e rapidamente, analisou a situação à sua
volta e concluiu que aquilo era totalmente ilógico e perigoso. Teve medo de
afundar e, do jeito que sua fé negativa creu, assim aconteceu!
Podemos conduzir o nosso pensamento para a fé ou para a
dúvida. Podemos interagir com a certeza ou com aquilo que tememos. Se temos
receio do fracasso e nele pensamos, iremos, mesmo não querendo, realizar aquilo
que pretendíamos evitar.
Conclui-se, portanto, da observação de Jesus que, enquanto a
fé pode até ser pequena, a dúvida nem sequer pode existir. E que posso conduzir
meu pensamento para apenas ter fé, sem duvidar.
A dúvida faz da sua vida um caos. É infortúnio em cima de
infortúnio. Com ela, você nunca irá superar seus problemas.
Duvidar por observar as circunstâncias contrárias, ou se
deixar abater por fatos ruins não esperados, será o caminho seguro para o
naufrágio pessoal e de todos os projetos em que você estiver envolvido. A sua
vida será jogada de uma para outra parte como se fosse uma caixinha de fósforo
no oceano.
Enquanto continuarmos prisioneiros de velhos hábitos, que
nos fazem acreditar que é mais fácil ocorrer o pior do que o melhor, não
poderemos desfrutar do poder ilimitado da fé que nos permite interagir com Deus
para realizar todas as coisas boas que desejamos.
Diante de qualquer infortúnio ou desejo, raciocine sempre
assim: “Posso conduzir o meu cérebro para crer somente e Deus não liga que
minha fé seja pequena. O que Ele não quer é que eu duvide. Mesmo pequena, a
minha fé será pura, sem nenhuma dúvida. E é com ela que vou interagir com Deus
para realizar o impossível na minha vida”.
Créditos: Livro – “Quando não dá mais” - Juanribre Pagliarin
Quero manter sempre meus pensamentos voltados para Deus , bjo
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