quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Crianças sofrem com excesso de informação

Créditos da imagem: Lindas Frases de Amor
A indústria cultural é uma das grandes responsáveis pela hiperestimulação das crianças. Com fácil e ilimitado acesso às mídias, elas ficam mais suscetíveis a exposição de diversos conteúdos. Um dos mais perigosos, por incrível que pareça, são as propagandas, o que as estimula ao consumismo desde muito cedo. 
Segundo o Instituto de Pesquisa TNS Interscience2, a publicidade é a principal ferramenta para atingir o público infantil e influencia cerca de 70% das decisões de compra de uma família.
Com o advento na TV na década de 50, era muito mais divertido passar horas vendo imagens em movimento do que brincar com os amiguinhos na vizinhança. E era também um privilégio. Afinal, quem possuía TV naquela época era considerado bem abastado, era como ter um cinema em casa.
Os anos passaram e os aparatos responsáveis pelos estímulos somente aumentaram em diversidade e tecnologia, e mesmo assim, um não substitui o outro. Quando a mulher passou a ganhar mais espaço no mercado de trabalho, ambos os pais saíam para trabalhar e deixavam as crianças aos cuidados da TV. Hoje, além da TV, há os videogames, tablets, smartphones, internet, entre outros. Aparelhos que só deveriam ser usados por adultos, a cada dia que passa fica mais ao alcance dos pequenos.
É muito mais fácil distraí-los com esses aparelhos do que ter que dar atenção depois de um dia estressante de trabalho. Pais cansados e estressados estão criando filhos hiperativos, hiperestimulados e inquietos. Em pesquisa desenvolvida com crianças de 7 a 12 anos pela International Stress Management Association do Brasil, concluiu-se que os pais que buscam ajuda profissional para seus filhos por causa de alterações de comportamento, 8 em cada 10 casos têm sua origem no estresse.  
As crianças, com excesso de atividades e estímulos tecnológicos não têm tempo para brincar, para admirar o mundo a sua volta, para cuidar da sua inteligência emocional. Elas estão sempre insatisfeitas, instáveis, dispersas e se alimentam dos estímulos constantes para se sentirem vivas e em contato com mundo, principalmente pelas redes sociais. Mas se esquecem que é preciso primeiro estar em contato constante com o seu Eu para depois estar em interação com os outros.
É preciso reverter essa situação. Na primeira infância, principalmente, o papel dos pais no desenvolvimento da saúde emocional dos filhos é fundamental, pois eles são os primeiros a incentivar o desenvolvimento da autoestima, da proteção da emoção, capacidade de trabalhar perdas e frustrações e de filtrar estímulos para que eles tenham uma infância saudável. As crianças precisam saber dialogar, a ouvir, a interagir com os outros e principalmente consigo mesmas e só com inteligência emocional isso é possível.
"Há um mundo a ser descoberto dentro de cada criança e de cada jovem. Só não consegue descobri-lo quem está encarcerado dentro do seu próprio mundo." Augusto Cury


Texto: Equipe do Grupo Educacional Augusto Cury – Menthes

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