segunda-feira, 14 de abril de 2014

Você é leal?

Aprofundar esta palavra, buscando em seu conteúdo os elementos com que sua raiz se nutre, é penetrar no profundo sentido e alcance da lei que rege a vida e a força dela.

As palavras são como as pedras preciosas: nas mãos das crianças, são simplesmente pedras vistosas, ou apenas pedras; nas mãos dos mais velhos, têm elas um valor, são apreciadas, e até se anela possuí-las pelo que brilham e pelo que valem; nas mãos dos especialistas, adquirem valor ainda maior: eles as examinam e sabem de imediato quantos quilates têm e seu grau de pureza.

Como as pedras preciosas, as palavras possuem também seus quilates e seu grau de pureza. Na palavra lealdade, os quilates podem ser calculados proporcionalmente à confiança que consegue inspirar quando encarna no homem que faz dela um culto; sua pureza se mostra na bondade das intenções daquele em cuja vida ela se manifesta sem ser desvirtuada.

Tudo quanto se pode apreciar no homem em seu grau mais legítimo está encerrado nesta palavra. Pode-se dizer que ela é, em síntese, a expressão de todo o verdadeiro e sadio que existe na natureza moral e psicológica.
Sem lealdade não é possível conceber a amizade entre as pessoas, nem tampouco tornar viável uma convivência de caráter permanente e sincero.

Os sentimentos humanos existem como manifestação do sensível e puro que se aninha no íntimo de cada um. Ser leal aos próprios sentimentos é ser fiel à própria consciência. Quando se desvirtua o caráter daqueles, esta se desnaturaliza. Diríamos mais: se é certo que pode morrer algo daquilo que forma o conjunto das condições humanas, a lealdade deveria ser a última a desaparecer como qualidade que pertence ao ser.

A lealdade se caracteriza pela consciência do dever. É profissão de fé consciente que o ser faz ao sentimento que, nascido de uma amizade ou de um afeto sincero e puro, converte-se em parte de si mesmo. E, sendo assim, não poderia esse sentimento ser menosprezado sem ferir profundamente a própria vida.

As grandes almas sempre compreenderam isso; por tal motivo, foram leais a seus princípios, a suas convicções e a seus profundos afetos.
Onde a lealdade existe, reina a harmonia, a união e a ordem; o contrário de tudo isso sucede ali onde ela deixa de se manifestar.


Autor: Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Trechos extraídos de artigo da Coletânea da Revista Logosofia Tomo 2 p.189

2 comentários:

  1. Linda reflexão amiga, um grande beijo

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  2. Oi, San bom dia, adorei esse tema que vc abordou sobre a Lealdade, e de uma profundidade que chega ao fundo da alma, pois essa qualidade já nasce com a pessoa, e isso se chama carater, coisa que não se adquire, quem tem, tem.carater e sinonimo de honestidade, e de pureza de alma, e como um diamante, que nada o destroi, nem o tempo elê é eterno, e indestrutivel, para mim isso se chama lealdade, porque nada o corrompe!!! Adorei minha querida amiga, essa materia retrata bem a pessoa que você é honesta, sincera, e incorruptivel!!!te Amo Bjos Eva da Silva Couto

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