O ácido acetilsalicílico (aspirina) foi criado a partir da
Spiraea ulmaria, uma planta européia. Hoje em dia, sua produção é totalmente
sintética. Ela tem uma molécula extremamente versátil e interessante, capaz de
interferir em diversas reações metabólicas do corpo.
Com 118 anos muito bem aproveitados, na boca do povo, o nome
aspirina da marca pioneira virou sinônimo – ainda no rol dos remédios mais
efetivos no tratamento de diversas doenças.
A descoberta mais recente, sugere que o comprimido branco
protege os neurônios e todo o cérebro. É o que provaram os pesquisadores da
Universidade de Gotemburgo, na Suécia.
Para engrossar o coro de benesses na cabeça, especialistas
da Faculdade de Saúde Pública de Bloomberg, em Baltimore, Estados Unidos,
concluíram que uma dose por dia da droga reduz em 23% o risco de ter a doença
de Alzheimer, mal degenerativo que dá as caras na terceira idade. Uma das
explicações para essa relação está na boa manutenção dos vasos que irrigam a
massa cinzenta, levando oxigênio e nutrientes para as células nervosas.
Será então que todas as pessoas devem tomar um comprimido desses?
Não. É necessário contar com indícios mais fortes antes de recomendar o uso regular. Para resguardar as lembranças, invista em exercícios lógicos e esportivos. Estes sim, contam com a chancela da ciência no combate ao declínio mental.
Também diminui
o risco de lesões provocadas por um AVC. O medicamento refina o sangue e
aumenta o tamanho de veias, artérias e vasos capilares.
Um estudo da Universidade de Oxford,na Inglaterra, descobriu
que o ácido acetilsalicílico reduz em 25% a possibilidade de desenvolver um
câncer no intestino. Diminui o número de pólipos intestinais, a base para a
formação de células malignas.
A FDA, agência que regula as drogas comercializadas nos
Estados Unidos, recomenda que o infartado tome um comprimido até 24 horas
depois da pane cardíaca. Pesquisas revelam que, aí, o risco de morte cai 23%
dentro desse período, confirma o cardiologista Leopoldo Piegas, do Hospital do
coração, em São Paulo. O ideal, no caso, é que o comprimido seja mastigado e
jogado para debaixo da língua. Ali, a absorção é mais rápida e os efeitos
aparecem em tempo menor. Para quem tem problemas cardíacos, a administração é
diária. Os diabéticos também se beneficiam, já que muitas vezes eles sofrem com
os mesmos problemas no sistema circulatório.
Cuidado: o medicamento é contraindicado para o tratamento da
dengue, quando pode levar a hemorragias fatais.
Por fim, é sempre bom lembrar: tomar qualquer medicamento
sem orientação de um médico é correr perigo de bobeira. Isso vale para a
aspirina, que até parece vinho. Quanto mais velha, mais simples e poderosa. São
118 anos com corpinho de 18.
Créditos: Revista Saúde
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