segunda-feira, 14 de março de 2016

O que é que a aspirina tem?

O ácido acetilsalicílico (aspirina) foi criado a partir da Spiraea ulmaria, uma planta européia. Hoje em dia, sua produção é totalmente sintética. Ela tem uma molécula extremamente versátil e interessante, capaz de interferir em diversas reações metabólicas do corpo.

Com 118 anos muito bem aproveitados, na boca do povo, o nome aspirina da marca pioneira virou sinônimo – ainda no rol dos remédios mais efetivos no tratamento de diversas doenças.

A descoberta mais recente, sugere que o comprimido branco protege os neurônios e todo o cérebro. É o que provaram os pesquisadores da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.

Para engrossar o coro de benesses na cabeça, especialistas da Faculdade de Saúde Pública de Bloomberg, em Baltimore, Estados Unidos, concluíram que uma dose por dia da droga reduz em 23% o risco de ter a doença de Alzheimer, mal degenerativo que dá as caras na terceira idade. Uma das explicações para essa relação está na boa manutenção dos vasos que irrigam a massa cinzenta, levando oxigênio e nutrientes para as células nervosas. 

Será então que todas as pessoas devem tomar um comprimido desses?
Não. É necessário contar com indícios mais fortes antes de recomendar o uso regular. Para resguardar as lembranças, invista em exercícios lógicos e esportivos. Estes sim, contam com a chancela da ciência no combate ao declínio mental.

Também diminui o risco de lesões provocadas por um AVC. O medicamento refina o sangue e aumenta o tamanho de veias, artérias e vasos capilares.  
Um estudo da Universidade de Oxford,na Inglaterra, descobriu que o ácido acetilsalicílico reduz em 25% a possibilidade de desenvolver um câncer no intestino. Diminui o número de pólipos intestinais, a base para a formação de células malignas.

A FDA, agência que regula as drogas comercializadas nos Estados Unidos, recomenda que o infartado tome um comprimido até 24 horas depois da pane cardíaca. Pesquisas revelam que, aí, o risco de morte cai 23% dentro desse período, confirma o cardiologista Leopoldo Piegas, do Hospital do coração, em São Paulo. O ideal, no caso, é que o comprimido seja mastigado e jogado para debaixo da língua. Ali, a absorção é mais rápida e os efeitos aparecem em tempo menor. Para quem tem problemas cardíacos, a administração é diária. Os diabéticos também se beneficiam, já que muitas vezes eles sofrem com os mesmos problemas no sistema circulatório.

Cuidado: o medicamento é contraindicado para o tratamento da dengue, quando pode levar a hemorragias fatais.

Por fim, é sempre bom lembrar: tomar qualquer medicamento sem orientação de um médico é correr perigo de bobeira. Isso vale para a aspirina, que até parece vinho. Quanto mais velha, mais simples e poderosa. São 118 anos com corpinho de 18.


Créditos: Revista Saúde

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