O maior engano das pessoas é contar a idade pela
soma dos aniversários. É como dizer que uma pessoa tem mais ou menos saúde de
acordo com o número de refeições que faz. Ralph Waldo Emerson, filósofo
norte-americano, disse que “nós não contamos os anos de um homem até que ele
nada mais tenha a contar”. Para comprovar que não tem o menor fundamento essa
maneira empírica de contar a idade, basta você olhar ao seu redor.
Verá pessoas
envelhecidas e desiludidas com vinte anos de idade e verá pessoas brilhantes, magnéticas,
com setenta anos. Não aceite a propaganda constante que fala de velhice,
esclerose, inutilidade, aposentadoria, imprestabilidade. Isso é mentira. A
idade nada tem a ver com isso. Você tem a idade do seu espírito. Você somente
está envelhecendo quando acreditar que está envelhecendo.
Os valores mais
fortes da vida, que mantêm uma pessoa vigorosa, sadia, jovem, produtiva, não
envelhecem nunca. São o amor, a alegria, a paz de espírito, a bondade, a
generosidade, a sabedoria, o poder mental, a felicidade, a lucidez, o ideal. E
estes bens não são patrimônio exclusivo de uma fase da existência, mas se
encontram em todas as idades. Você tem a idade dos seus pensamentos. No momento
em que perder o interesse pela vida, você está envelhecendo. Quando você deixa
de sonhar, está envelhecendo.
Quando você não procura mais estender a visão do seu futuro,
registre no seu caderno de apontamentos que você começou a envelhecer. Você
quer saber quando está se aproximando da perfeição? Precisamente no momento em
que se fizer simples, leve, agradável, positivo e aberto, como as crianças.
O
grande Mestre disse: “Se não vos tornardes como crianças não entrareis no reino
dos céus”. Tenha, pois, a idade espiritual da criança. Seja livre, confiante,
alegre, simples, grato, amável, corajoso e fraterno, como as crianças. Acredite
na vida, como as crianças. Confie nos outros, como as crianças. Viva o
presente, como as crianças. Encare o futuro, como as crianças, sem medos e
angústias antecipados.
Créditos: Lauro Trevisan
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