A dieta volumétrica propõe mais saciedade e menos calorias,
auxiliando na perda de peso sem deixar a saúde de lado.
Comer mais para engordar menos. Não, você não leu errado. É
exatamente essa a proposta da dieta volumétrica.
Como o próprio nome indica, o
método foca no volume de alimentos ingeridos em vez de contar calorias, ou
seja, a pessoa pode consumir grandes quantidades de alimentos que deixam o
corpo com sensação de saciedade, evitando a privação de comida.
A dieta
volumétrica foi lançada pelos pesquisadores em nutrição Barbara Rolls e Roberto
Barnett, que publicaram o livro The Volumetric Weight-Control Plan (Plano
Volumétrico de Controle de Peso).
Basicamente, esse método incentiva o consumo
de alimentos ricos em fibras e água, já que ajudam a se manter satisfeito por
mais tempo.
Densidade de energia x calorias
O procedimento volumétrico utiliza a expressão “densidade de
energia” para indicar quais alimentos devem ser consumidos ou evitados.
Os de
baixa densidade de energia são indicados por possuírem poucas calorias e, ainda
assim, saciarem a fome.
Os de alta densidade, por outro lado, não são
recomendados, uma vez que o organismo precisa de grande quantidade deles para
ficar satisfeito.
Consequentemente, serão ingeridas mais calorias. Além disso,
a dieta precisa ser acompanhada da prática de exercícios físicos de pelo menos
30 minutos diários.
Classificação dos alimentos
Os criadores da dieta classificam os alimentos em quatro
categorias, de acordo com a densidade de energia.
A primeira é composta por
itens que possuem densidade muito baixa (cerca de 0,6 calorias por grama) e,
por isso, podem ser consumidos a qualquer momento do dia.
Já as comidas do
segundo grupo possuem baixa densidade (entre 0,6 e 1,5 calorias por grama) e
devem ser ingeridas em pequenas porções.
O terceiro agrupa os alimentos de
densidade média (entre 1,5 e 4 calorias por grama), consumidos de forma
moderada. Por fim, a última categoria abrange opções de alta densidade (entre 4
e 9 calorias por grama), que devem ser evitados ou consumidos raramente.
Como é feito o cálculo de densidade de energia? Utilizando
os dados encontrados nas embalagens, o cálculo do valor de densidade de energia
de um alimento é bem simples.
Basta dividir o número de calorias pelo peso, em
gramas. Por exemplo: se um produto possui 100 calorias e 100 gramas, tem o
número 1 de densidade de energia.
Benefícios
Por ser pobre em gordura e sal, a dieta volumétrica reduz o
colesterol e previne as doenças do coração.
Além disso, promove perda de peso
saudável e em longo prazo, diminuindo as chances do efeito sanfona.
Os riscos à
saúde são mínimos, já que a dieta propõe o consumo equilibrado de todos os
alimentos, sem privações nem excessos.
No entanto, como qualquer outro método
de emagrecimento, precisa ser acompanhada por um nutricionista ou nutrólogo,
que montará um cardápio alimentar adequado às necessidades individuais de cada
paciente.
O que comer?
Consumo livre:
frutas, vegetais e caldos.
Consumo moderado: grãos integrais, proteínas
magras, legumes e laticínios com baixo teor de gordura.
Consumo em poucas
porções: pães, sobremesas, salgados assados, queijos e carnes com maior
quantidade de gordura.
Consumo proibido: frituras, doces, biscoitos e
gorduras.
Sugestão de cardápio
Os autores propõem pelo menos três
refeições diárias, lanche e uma sobremesa. A ideia da dieta é não sentir fome e
emagrecer sem sofrimento.
Café da manhã: omelete com vegetais + 1 fruta + 1
copo (200 ml) de leite desnatado ou 1 fruta + 1 iogurte desnatado com
sementes (chia, linhaça ou aveia).
Almoço: 2 colheres (sopa) de arroz
integral (ou branco) + 1 porção pequena de proteína magra (carnes com poucas calorias) +
salada verde à vontade + 3 colheres (sopa) de legumes + 1 picolé de frutas ou
sopa de legumes + 1 porção (100g) de frango + 1 fruta.
Lanche: 1 iogurte
desnatado + 1 fruta ou mix de castanhas e damascos.
Jantar: salada verde
à vontade + 4 colheres (sopa) de legumes + 100g de proteína magra ou 2 colheres
(sopa) de arroz integral + salada verde à vontade e 100g de proteína magra
ensopada.
Créditos: Revista Avista – Ano 4 – Edição 52
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