terça-feira, 26 de novembro de 2013

O casamento


O casamento é um mistério. Nem mesmo as mentes mais brilhantes conseguem compreendê-lo plenamente. A felicidade no casamento só é alcançada através de muito esforço e constante renúncia, muito investimento e pouca cobrança, muito elogio e cautelosas críticas. 

Muitos casamentos adoecem e morrem, porque em vez de os conjugues serem governados pela verdade, acabam sendo enganados por alguns mitos.
Aqui, alguns desses mitos:

Eu preciso encontrar a pessoa certa para me casar.
Essa pessoa não existe. Não viemos de uma família perfeita, não somos pessoas perfeitas e nem encontraremos uma pessoa perfeita. Além disso, essa ideia já parte de um pressuposto errado, pois é uma afirmação tácita de que já somos perfeitos e que o nosso conjugue é quem precisa se adequar a nós. Esse narcisismo é um erro gritante. Produz uma autoavaliação falsa e, inevitavelmente deságua numa relação conjugal adoecida.

Se meu conjugue me ama, nunca vai sentir-se atraído (a) por outra pessoa.
Há muitas pessoas que, depois do casamento, descuidam-se da sua aparência. Esquecem-se de que o amor precisa ser constantemente regado e o relacionamento, constantemente cultivado. 

É sabido que os homens são atraídos por aquilo que veem e as mulheres por aquilo que ouvem. Sendo assim, as mulheres precisam ser mais cuidadosas com sua aparência física e os homens mais atentos às suas palavras. A mulher precisa cativar constantemente seu marido e o marido precisa conquistar continuamente sua mulher.

Se meu conjugue casou-se comigo, nunca vai esperar que eu mude.
Não podemos adotar o slogan de Gabriela: “ Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou morrer assim”. Não somos um produto acabado. Estamos em constante transformação. Somos desafiados todos os dias a despojar-nos de coisas inconvenientes e a agregarmos valores importantes à nossa vida. 

A acomodação no casamento é um retrocesso, pois em um mundo em movimento, ficar parado é dar marcha à ré. O casamento é uma obra divina. Foi Deus quem o instituiu e estabeleceu princípios para regê-lo. A vida cristã é uma corrida rumo ao alvo. Nosso modelo é Cristo e todos os dias precisamos adotar posturas piedosas.

Se meu conjugue me ama, não vai ficar aborrecido com minha possessividade.
Ninguém é feliz no casamento perdendo sua individualidade. Ninguém se sente confortável sendo sufocado. Ninguém tem prazer em viver no cabresto, sendo vigiado a todo o tempo.

O ciúme é uma doença. Uma doença que se diagnostica por três sintomas: uma pessoa ciumenta vê o que não existe, aumenta o que existe e procura o que não quer achar. Embora marido e mulher devam respeito e fidelidade um ao outro, não podem viver sendo monitorados o tempo todo. Casamento pressupõe confiança. A insegurança produz possessividade e a possessividade gera controle e o controle estrangula a relação.

Se meu conjugue me ama, nunca vai discordar de mim.
O casamento não é uma união de dois iguais. Homem e mulher são dois universos distintos. O impressionante do casamento é que, sendo tão diferentes, homem e mulher são unidos numa aliança indissolúvel, para se tornarem uma só carne.
As diferenças existem, entretanto, não para destruir o relacionamento, mas para enriquecê-lo!

Créditos: Hernandes Dias

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