Transgênicos são animais ou plantas que tiveram
seu código genético (DNA) modificado em laboratório, para que fosse alterada ou
adicionada alguma característica na espécie, por isto são chamados de
Organismos Geneticamente Modificados (OGMs).
Hoje, os principais OGMs no mercado são a soja e o milho, e ‘curiosamente’ eles foram criados pelas mesmas empresas que dominam o mercado internacional de agrotóxicos. Por exemplo, a Roundup Ready da Monsanto criou uma soja transgênica resistente ao agrotóxico Roundup, assim os agricultores podem utilizar grandes quantidades deste agrotóxico ‘sem comprometer’ o crescimento da soja geneticamente modificada.
Hoje, os principais OGMs no mercado são a soja e o milho, e ‘curiosamente’ eles foram criados pelas mesmas empresas que dominam o mercado internacional de agrotóxicos. Por exemplo, a Roundup Ready da Monsanto criou uma soja transgênica resistente ao agrotóxico Roundup, assim os agricultores podem utilizar grandes quantidades deste agrotóxico ‘sem comprometer’ o crescimento da soja geneticamente modificada.
Mas,
até que ponto esta mutação genética dos alimentos pode afetar nossa saúde? Há
cerca de um mês foi publicado, na revista científica Food and Chemical
Toxicology, um estudo realizado na França demonstrando que
ratos alimentados com milho OGM da Monsanto e expostos ao agrotóxico
da mesma empresa apresentaram 2 a 3 vezes mais tumores e mortes.
No estudo foram utilizados 200 camundongos que foram alimentados, por até 2 anos, de 3 formas: apenas com milho OGM; com milho OGM e expostos ao agrotóxicos; com milho não transgênico e expostos ao agrotóxicos.
No estudo foram utilizados 200 camundongos que foram alimentados, por até 2 anos, de 3 formas: apenas com milho OGM; com milho OGM e expostos ao agrotóxicos; com milho não transgênico e expostos ao agrotóxicos.
Este estudo causou grande repercussão mundial, o
que fez com que a Rússia anunciasse a suspensão das importações do milho OGM da
Monsanto. Infelizmente, este milho OGM é produzido em larga escala no Brasil e
nos Estados Unidos, já na França os transgênicos são proibidos desde 2008.
Apesar da grande relevância desta pesquisa, seus
resultados já eram esperados. Na comunidade científica, muito já se sabe sobre
os potenciais malefícios do consumo de transgênicos, porém, a grande influência
das empresas que lideram este mercado sobre a produção agropecuária do mundo
impede que sejam tomadas medidas mais drásticas contra os transgênicos.
No Brasil, desde 2003, a justiça exige que os
alimentos produzidos com mais de 1% de ingredientes transgênicos devem ser
comercializados com este símbolo nos seus rótulos:
E nós
consumimos muito mais transgênicos do que você imagina, estes são alguns
exemplos de produtos que utilizam OGM e já levam em seus rótulos o símbolo ‘T’:
Mas
infelizmente diversas empresas continuam a comercializar seus produtos com OGM
sem a rotulagem correta. Só em 2011 e 2012 empresas como Zaeli®, Adria
Alimentos do Brasil®, Bangley do Brasil Alimentos®, Bimbo do Brasil®, J.
Macedo®, biscoito Kraft Foods®, Nestlé®, Nutrimental®, Oetker® e Pepsico do
Brasil® foram multadas por não expor em seus rótulos a utilização de
ingredientes transgênicos. Veja exemplos de alguns dos produtos multados por
não apresentarem o ‘T’ nas embalagens:
Por causa de empresas como estas, que se opõem à
rotulagem dos transgênicos, infelizmente não estamos protegidos nem mesmo da
informação sobre a presença de OGMs nos alimentos.
Mas os consumidores estão ficando cada vez mais
conscientes da ameaça dos transgênicos e optando por produtos e empresas que
não utilizam os OGMS. E isto está ajudando a modificar o cenário mundial,
afinal, estas mesmas empresas, para manter sua posição no mercado, precisam
fornecer aquilo que o consumidor quer ou exige. Por isto, algumas empresas já
se comprometeram em não utilizar ingredientes transgênicos, como a Unilever®;
Yoki®; Carrefour®; Sadia®; Arcor®.
Créditos: Texto e fotos: Nutrirse
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