Atenção: na maioria dos casos, a pessoa infectada
não tem sintomas e o vírus desaparece sozinho no organismo.
99% das pessoas infectadas com HPV nunca vão ter problemas graves de saúde.
Mas há 15 tipos de vírus relacionados a lesões pré-câncer e câncer.
Os vírus 16 e 18, por exemplo, estão em 7 de cada 10 casos de câncer no útero.
Transmissão: a principal forma de contágio é pela
vida sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo
manual-genital.
O contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto normal quando a mãe é portadora do vírus.
Quando o vírus se manifesta: estima-se que 5 em
cada 100 pessoas infectadas pelo HPV desenvolverão alguma forma de manifestação,
dividida em dois grupos:
Infecção superficial
Sintomas: verrugas na pele e nas regiões genital,
oral (lábios, boca, cordas vocais) e anal.
Risco de câncer: são lesões consideradas de baixo
risco para câncer.
Detecção: análise clínica.
Tratamento: as verrugas são destruídas com
cauterizações. Dito em cada dez pacientes eliminam a doença com o primeiro
tratamento, e ela não volta mais.
Infecção interna
Sintomas: não apresentam sintomas. Conforme a
doença avança, podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor.
Quando essas alterações são identificadas e
tratadas, é possível prevenir a doença.
Risco de câncer: as lesões genitais provocadas
pelo HPV podem ser de alto risco para câncer de colo de útero.
Detecção: o diagnóstico é feito por exames específicos,
como papanicolau e colonoscopia.
Tratamento: de uma forma geral, o tratamento
consiste na retirada da lesão. Medicamentos que melhorem o sistema de defesa do
organismo.
Melhorar a imunidade, com boa alimentação, dormir
bem, evitar o fumo e fazer atividade física.
Depois do tratamento, o acompanhamento preventivo
deve ser repetido em seis meses.
Prevenção
Preservativos: apesar de sempre recomendado, o uso
de preservativo (camisinha) durante todo contato sexual, com ou sem penetração,
não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas
passiveis de ser infectadas.
A camisinha feminina, que cobre também a vulva,
evita de forma mais eficaz o contágio se utilizada desde o inicio da relação
sexual.
Papanicolau: mulheres entre 25 e 64 anos devem
fazer papanicolau periodicamente.
A recomendação é que os dois primeiros exames
sejam em um intervalo de um ano.
Vacina: existem duas vacinas contra HPV aprovadas
no Brasil. Elas são indicadas para pessoas de 9 e 26 anos de idade, de ambos os
sexos.
Créditos: Ginecologista oncológico Julio Teixeira
da Unicamp e pesquisador da vacina contra HPV. Ginecologista Gustavo Krõger,
especialista em reprodução humana, Inca (Instituto Nacional do Câncer)
Jornal Agora “Viva Bem”
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