segunda-feira, 3 de junho de 2013

Saiba mais: HPV

Ataca mais mulheres, mas homens também têm riscos. O HPV (papilomavirus humano) é o nome de um grupo de aproximadamente 200 vírus que infectam a pele ou as mucosas. Ele é altamente contagioso.

Atenção: na maioria dos casos, a pessoa infectada não tem sintomas e o vírus desaparece sozinho no organismo.

99% das pessoas infectadas com HPV nunca vão ter problemas graves de saúde. 

Mas há 15 tipos de vírus relacionados a lesões pré-câncer e câncer.

Os vírus 16 e 18, por exemplo, estão em 7 de cada 10 casos de câncer no útero.

Transmissão: a principal forma de contágio é pela vida sexual, que inclui contato oral-genital, genital-genital ou mesmo manual-genital.

O contágio com o HPV pode ocorrer mesmo na ausência de penetração vaginal ou anal. Também pode haver transmissão durante o parto normal quando a mãe é portadora do vírus.
Quando o vírus se manifesta: estima-se que 5 em cada 100 pessoas infectadas pelo HPV desenvolverão alguma forma de manifestação, dividida em dois grupos:

Infecção superficial
Sintomas: verrugas na pele e nas regiões genital, oral (lábios, boca, cordas vocais) e anal.

Risco de câncer: são lesões consideradas de baixo risco para câncer.

Detecção: análise clínica.

Tratamento: as verrugas são destruídas com cauterizações. Dito em cada dez pacientes eliminam a doença com o primeiro tratamento, e ela não volta mais.

Infecção interna
Sintomas: não apresentam sintomas. Conforme a doença avança, podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor.
Quando essas alterações são identificadas e tratadas, é possível prevenir a doença.

Risco de câncer: as lesões genitais provocadas pelo HPV podem ser de alto risco para câncer de colo de útero.

Detecção: o diagnóstico é feito por exames específicos, como papanicolau e colonoscopia.

Tratamento: de uma forma geral, o tratamento consiste na retirada da lesão. Medicamentos que melhorem o sistema de defesa do organismo.
Melhorar a imunidade, com boa alimentação, dormir bem, evitar o fumo e fazer atividade física.
Depois do tratamento, o acompanhamento preventivo deve ser repetido em seis meses.

Prevenção
Preservativos: apesar de sempre recomendado, o uso de preservativo (camisinha) durante todo contato sexual, com ou sem penetração, não protege totalmente da infecção pelo HPV, pois não cobre todas as áreas passiveis de ser infectadas.

A camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita de forma mais eficaz o contágio se utilizada desde o inicio da relação sexual.

Papanicolau: mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer papanicolau periodicamente.
A recomendação é que os dois primeiros exames sejam em um intervalo de um ano.

Vacina: existem duas vacinas contra HPV aprovadas no Brasil. Elas são indicadas para pessoas de 9 e 26 anos de idade, de ambos os sexos.

Créditos: Ginecologista oncológico Julio Teixeira da Unicamp e pesquisador da vacina contra HPV. Ginecologista Gustavo Krõger, especialista em reprodução humana, Inca (Instituto Nacional do Câncer)


Jornal Agora “Viva Bem”

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