Vamos, venhamos e convenhamos, não há ser humano capaz de
espiritualidade nota dez em nenhuma religião do mundo.
Nem mesmo os que oram oito horas por dia atingem esse grau
de espiritualidade, porque espiritualidade não consiste em apenas orar muito.
As muitas dimensões da espiritualidade estão descritas por Paulo na sua Carta
aos Efésios, capítulo 3, quando ele diz aos seus discípulos de Éfeso que
gostaria de vê-los crescer nas dimensões do grande ungido, o Cristo. Deveriam
alargar o seu interior, ampliar-se e expandir-se para conhecer melhor a altura,
a profundidade, o comprimento e a largura do mistério da fé cristã.
Depois
disso passariam a compreender o que conheceram. É assim a espiritualidade: é
abrangência. Fechar-se num grupismo estilo redoma que não se abre para os
outros e nada tem a aprender com outros iluminados é tudo, menos
espiritualidade sadia.
A pessoa mergulha na vida espiritual não corta os laços com
o mundo e com outros crentes; não despreza a matéria, mas não se prende a ela;
nem sempre se supera, mas não se desespera. Ela tem graça suficiente para sair
do seu limite (1Co 12,9).
A pessoa rica de espiritualidade não finge santidade, nem
amacia a voz, nem entorta a cabeça para parecer meiga e santa.
Foge do estereótipo e da caricatura. Não se minimiza, mas não se supervaloriza.
Foge do estereótipo e da caricatura. Não se minimiza, mas não se supervaloriza.
Para o crente que mergulhou na contemplação de Deus e de sua
obra, o que é, é! Tudo é encarado como realidade. Mas ele crê que há realidades
superiores àquilo que se vê e se toca. A pessoa que atingiu um adequado grau de
espiritualidade digamos que na escala de valores de um a dez, tivesse chegado a
cinco - é pessoa desprendida, madura, serena, forte.
A pessoa nota zero ou
nota dois em espiritualidade, agarra-se ao material, a muito dinheiro, ao
efêmero que compensa e dele faz sua finalidade principal.
Prisioneira do prazer, mais vítima do que canalizador de Eros, prisioneira da gratificação e incapaz de gratuidade, prisioneira da droga ou do sexo, prisioneira do dinheiro, do sucesso, da fama, do ter, pessoa sem espiritualidade, na hora de escolher, escolhe-se. De vez em quando, admite-se, escolher-se sempre é catastrófico.
Prisioneira do prazer, mais vítima do que canalizador de Eros, prisioneira da gratificação e incapaz de gratuidade, prisioneira da droga ou do sexo, prisioneira do dinheiro, do sucesso, da fama, do ter, pessoa sem espiritualidade, na hora de escolher, escolhe-se. De vez em quando, admite-se, escolher-se sempre é catastrófico.
Pessoa rica de espiritualidade não busca mais valia nem
pensa nas próprias vantagens; vive mais para os outros do que para si; é cheia
de alteridade, caráter.
Se alguém tiver que ser sacrificado ou sofrer, sofrem elas; se preciso, colocam-se por último e jamais se imaginam número um. Santidade talvez seja isso.
Se alguém tiver que ser sacrificado ou sofrer, sofrem elas; se preciso, colocam-se por último e jamais se imaginam número um. Santidade talvez seja isso.
Créditos: Pr. Zezinho – Revista São Judas Tadeu
Lindo, emocionante texto, nos faz meditar, sobre o nosso comportamento, no dia-a-dia e no trato com as pessoas e com as coisas do espírito!
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